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Home Brasil e Mundo 24h Esportes

Cruzeiro de aluguel: os bastidores do projeto que fracassou no Mundial de 1997

Ribamar Guimarães by Ribamar Guimarães
14 de junho de 2025
in Esportes
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Cruzeiro de aluguel: os bastidores do projeto que fracassou no Mundial de 1997

Foto/ Jorge Gontijo/Aruivo Estado de Minas

Era 2 de dezembro de 1997, quando o Cruzeiro entrou em campo na final do Mundial de Clubes contra o Borussia Dortmund, da Alemanha. Um time que viveu reviravoltas na temporada, estava com uma equipe modificada com o desejo de ganhar o mundo. O torcedor, assim como a direção da época, pensavam: donos da América, quase rebaixados no Brasileirão e campeão do Mundo. Seria um ano ainda mais histórico. O título sul-americano foi a conquista grandiosa, mas o ano também ficou marcado pelo time “de aluguel” — que fracassou no Mundial.

Bebeto, Donizete Pantera, Gonçalves e Alberto Valentim foram as apostas do Cruzeiro para vencer aquela partida única entre o campeão europeu e o sul-americano. A vontade era tamanha que o presidente do clube na época ofereceu mais dinheiro para todo o time ser campeão.

— Estava pagando um prêmio muito legal para serem campeões. Para a época, era bastante grana. Eu diria assim, cinco vezes o salário de cada um deles. Acho que isso, por si só, já motivava — revelou Zezé Perrella.

Motivação até teve. O Cruzeiro jogou bem, teve boas chances, mas não foi o suficiente para segurar o potente Borussia de Júlio Cesar, Stefan Reuter e Klos. Por 2 a 0, o time alemão conquistou a vitória e o Cruzeiro viu o investimento nos jogadores contratados por apenas um mês ser em vão. Menos para o presidente do clube, que justificou a decisão.

— Eu não quis disputar o Mundial com o time que quase foi rebaixado. Eu sentia que eu tinha que fazer alguma coisa. Eu não podia errar na omissão. E eu tinha convicção na época. Se eu levasse um time que não foi rebaixado por um ponto, eu ia ser muito cobrado também. Mas o fato é, eu contratei esses caras, e não deu tempo, não deu liga.

Mas eu não me arrependo, porque se eu tivesse levado aquele time que quase foi rebaixado para disputar o Mundial e perdesse, eu ia ficar com o sentimento que perdemos porque eu não tomei nenhuma providência”
— Zezé Perrella, presidente do Cruzeiro na época.

O fantasma da Série B rondou o Cruzeiro, mesmo com o título da Libertadores. O time ficou em 20º (eram 26 equipes), com 28 pontos, dois a mais que o Bahia, primeiro na zona do rebaixamento do Brasileiro. Aquele desempenho fez a direção ter a ideia de reforçar o elenco por 30 dias, mas o vestiário não reagiu bem.

“Roeu o osso e na hora do filé, vai vir outra pessoa e comer.”

Esse era o sentimento de parte do elenco do Cruzeiro que ficou no time após o título da Libertadores. O lateral-esquerdo Nonato foi da euforia por ser campeão da América e estar no Mundial à tristeza de ficar no banco de reservas durante a partida e não ser escolhido por Nelsinho Batista em nenhum momento do jogo.

  • Veja a tabela da Copa do Mundo de Clubes
Nonato, ex-lateral do Cruzeiro: titular na campanha da Libertadores, mas reserva no Mundial — Foto: Divulgação/ Cruzeiro

Nonato, ex-lateral do Cruzeiro: titular na campanha da Libertadores, mas reserva no Mundial — Foto: Divulgação/ Cruzeiro

— Não teve nenhum problema (com os reforços), a gente recebeu eles muito bem. O problema era o ambiente perturbado. Para ter ideia, até sair a relação dos jogadores que estavam convocados para a viagem, nem o Dida tinha comprado a agem das esposas. O Gotardo nem viajar, viajou. Eu viajei e fiquei no banco. O Alberto, que foi contratado para jogar, não jogou. (…) Se tivesse sido o mesmo elenco, com Paulo Autuori, a chance de sair campeão seria melhor.

Quem chegou para reforçar o time, queria jogar e ajudar, mas sentiu que o elenco não aprovava o movimento de ter companheiros por apenas 30 dias. Donizete Pantera, ex-atacante, estava em alta na carreira. Convocado pela Seleção, na época o jogador brigava por uma vaga no elenco que iria para a Copa do Mundo de 1998. Em alta, ele foi contratado pelo Cruzeiro e viu de perto o clima que o vestiário estava.

Cruzeiro campeão da Libertadores de 1997 — Foto: Reprodução

Cruzeiro campeão da Libertadores de 1997 — Foto: Reprodução

— Estávamos ando por momentos importantes nos clubes onde estávamos. Eu estava bem no Corinthians. É sonho de qualquer time ser campeão mundial. Naquele momento, o Cruzeiro tinha classificado para o Mundial, mas alguns jogadores tinham saído do clube, alguns outros caíram de rendimento. Foi legal (ir para o Mundial). Uma coisa muito rápida. A gente chegou como se fosse numa seleção brasileira, para jogar um jogo e ver o que daria. Chegamos inseguros, porque a gente ia jogar apenas um jogo.

“Muitos jogadores do time sentiram inferiores, acharam: “Os caras chegaram para fazer diferença, mas a gente lutou para caramba para chegar onde chegamos, agora eles vêm aqui”. Achei que rolou um pouco de ciúmes, sim, sem dúvida.“

Ciúmes que Pantera soube contornar. Sempre gostava da resenha, conseguiu se aproximar dos companheiros. Apesar da resistência, o jogador compreendia que era necessário a chegada de nomes e não concorda com os questionamentos.

“É normal isso. Eu sentia que a fofoca fora do campo estava acontecendo: “Para quê chamaram os quatro heróis agora?” Mas eu cheguei para a galera e falei: “Somos profissionais, vocês e nós, amigos de profissões. Estamos com maior carinho, ninguém é Batman, Robin, Hulk. Peço desculpas, porque se fosse no meu time eu receberia vocês com maior prazer.”

— Sempre me aproximei da galera. No geral, eu acho que se a gente tivesse vencido, tudo tamparia, porque o objetivo teria sido cumprido. Como a gente perdeu, ficaram muitas coisas para trás, das pessoas questionarem, falarem que não precisava. Eu acho que precisava, precisava sim, porque é uma competição muito dura, muito difícil.

Gonçalves, Pantera e Bebeto sendo apresentados no Cruzeiro, em 1997 — Foto: Reprodução

Gonçalves, Pantera e Bebeto sendo apresentados no Cruzeiro, em 1997 — Foto: Reprodução

Zezé Perrella acompanhava de fora todo desconforto gerado com a decisão de contratar esses jogadores. Apesar de nunca saber diretamente, entendeu que, apesar disso, a decisão estava tomada.

— Ah, sempre tem uma ciumeirinha. O fato do Gotardo não ter ido… Eles não tinham coragem de falar para mim. Até porque estava pagando um prêmio muito legal para serem campeões. (…) O Nelsinho não quis levar o Gotardo, a sua liderança era positiva e acabou que eu até eu deveria ter forçado uma barra porque o Gotardo era um jogador experiente, tinha uma certa liderança, mas enfim. A única coisa que eu tenho certeza que eu não faria é levar aquele time que quase foi rebaixado para disputar o Mundial. Um time cabisbaixo. Eu achei que se eu desse uma mexida no elenco, poderia causar algum resultado.

“Meu sonho era ser contratado pelo clube”

Se por um lado teve jogador que não gostou das chegadas temporárias, por outro tinha atacante que queria um contrato maior. O vínculo dos quatro reforços foram de apenas um mês, mas Pantera tinha vontade de permanecer, mesmo sem o título.

— O único contrato que o Cruzeiro fez foi com o Bebeto. Ele ia ficar no clube, mas a gente ia jogar e voltar para os nossos clubes. Como se fosse um empréstimo. Isso deixou a galera triste: “Os caras vêm aqui, vão jogar, ganhar (dinheiro) e vão embora?” Isso foi ruim. Acho que teria que ser contratado, meu sonho era ser contratado pelo clube. Isso não aconteceu, dificultou muito. Por isso tive que conversar com a galera, que não era minha culpa. Não ficou ninguém, porque não fomos campeões, mas foi legal — conta o ex-atacante.

Quem viveu a Libertadores daquele ano sendo campeão e colocando o nome na história do clube, viveu o auge da carreira defendendo o Cruzeiro, mas as marcas da frustração de não jogar na final do Mundial ainda entristece Nonato.

“A minha frustração maior é que esse jogo fez minha filha não ser mais torcedora do Cruzeiro. Ela acordou cedo para assistir ao jogo, e eu fique no banco o tempo inteiro. Depois daquele dia, ela não torceu mais para o Cruzeiro.”

— A Libertadores e o Mundial, principalmente aquele Mundial, que era um jogo só, são as maiores conquistas. A Libertadores é a maior conquista para uma equipe sul-americana, e estar na história do clube tendo conquistado a Libertadores de 1997, eu fico muito orgulhoso.

E dava para ganhar?

Depois de todos os problemas enfrentados no ano com a saída de Paulo Autuori depois do título da Libertadores, a venda de Palinha, a chegada de Nelsinho, o quase rebaixamento e os jogadores de aluguel, o que interessava era o resultado final do jogo. Para quem foi contratado para jogar apenas uma partida, era possível vencer.

— Nosso time era bom demais. Tínhamos um time qualificado. Não foi porque chegaram quatro jogadores… o Cruzeiro tinha uma base com 20 jogadores. Somos jogadores que estávamos na Seleção e bem nos clubes, que eram qualificados. Chegamos para fazer diferença. A gente começou bem, depois tivemos uma falta de sorte. Para recuperar, é complicado. A gente tentou, buscou, e o jogo a muito rápido. Como é jogo tenso, a muito rápido, ainda mais quando está perdendo. Fica ligado, a rápido, às vezes não tem esperteza e malandragem para não errar coisas que não erra normalmente. Só quem joga esses jogos sabe como é.

Por Danny Paiva, Gabriel Duarte e Guilherme Macedo — ge.globo.com – Belo Horizonte

Tags: Copa do BrasilCruzeiroesportesMundial de Clubes

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